quinta-feira, 9 de setembro de 2010

JN MOSTRA UMA CIDADE HISTÓRICA, MAIS TAMBÉM REVELA A FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO.


Trecho da Matéria do Jornal Nacional 
A proximidade com a capital deu a São Gonçalo o direito de ter o futuro aeroporto internacional. Faz 13 anos que o projeto foi aprovado mas, até agora, só a pista ficou pronta. Há promessas de terminar o aeroporto até a Copa de 2014.
A cidade completa três séculos neste ano. A matriz é só o que restou do passado, cercada por prédios novos e enormes antenas de celular.
São Gonçalo do Amarante foi cenário de um dos mais bem documentados episódios da guerra pela expulsão dos holandeses, do Brasil Colônia.
O professor de história Luiz Suassuna conta que em 1645, os holandeses mataram pelo menos 50 moradores do que é, hoje, o distrito de Uruaçu. Uma represália por eles não terem aderido às forças holandesas nem renegado a religião católica.
“O fato é que o dia 3 de outubro, dia do massacre de Uruaçu, é um feriado estadual. Isso já demonstra a importância desse episódio para a história do Rio Grande do Norte. Esse movimento, essa reação ao domínio holandês, garante para Portugal e a cultura portuguesa se manter nessa região”, explicou.
O episódio explica porquê São Gonçalo do Amarante é conhecida como a ‘Terra dos Mártires’.
Esta é, também, a terra da cerâmica. O solo rico em argila é matéria-prima para o artesanato tradicional. E, também, para os tijolos produzidos, na maioria dos casos, em olarias primitivas.
A atividade não é nada gentil com o meio ambiente. Os fornos queimam madeira nativa, espalham fumaça pela cidade. A R$ 220 por milheiro de tijolos, fica difícil falar em modernizar e substituir o combustível por gás, por exemplo.
“O governo tem que dar condições para a gente fazer forno para queimar a gás”, disse um trabalhador.


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