quarta-feira, 13 de abril de 2011

Caso Elisa Samudio: Justiça de Minas Gerais nega pedido de habeas corpus ao goleiro Bruno

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou, na tarde desta quarta-feira, por unanimidade, o pedido de habeas corpus ao goleiro Bruno Fernandes. Os três desembargados votaram contra o pedido do advogado Cláudio Dalledone para que o ex-jogador aguardasse em liberdade o julgamento pelo sequestro e morte da ex-amante, a modelo Eliza Samudio . O advogado do atleta informou que vai recorrer da decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em até 60 dias.


Como justificativa para negar o habeas corpus, os magistrados disseram estar agindo em nome da "manutenção da ordem pública" e do devido andamento do processo sem a interferência de pessoas externas.
Os advogados do atleta defendiam a libertação do atleta dizendo que ele teria se apresentado espontaneamente à Justiça na ocasião em que foi preso, tem endereço fixo, emprego e bons antecedentes.
Entretanto, mesmo que tivesse o pedido de liberdade concedido, Bruno seria transferido para uma unidade penitenciária no Rio de Janeiro, onde foi condenado a quatro anos e seis meses de reclusão por cárcere privado, lesão corporal e constrangimento ilegal contra Eliza.
O pedido de liberdade deveria ter sido julgado na última semana, mas foi adiado pelo desembargador Doorgal Andrada, que pediu vistas do processo.
Bruno está preso há quase nove meses na Penitenciária Nelson Hungria , na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O goleiro, seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, seu primo, Sérgio Rosa Sales, e o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vão a júri popular.

Quatro acusados respondem a processo em liberdade
Em dezembro, quatro acusados do desaparecimento de Eliza Samudio foram soltos da cadeia. A ex-mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, a amante do jogador, Fernanda Gomes de Castro, o caseiro do sítio Elenilson Vítor da Silva, e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, tiveram as prisões preventivas revogadas pela Justiça. Os quatro foram absolvidos da acusação de assassinato, mas serão julgados por sequestro e cárcere privado do bebê de Eliza. Fernanda é acusada também de envolvimento no sequestro e cárcere privado de Eliza.

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